Só podes ter grandes equipas quando alimentas coragem e bravura nas pessoas

por Michael Nunes, Chief Creative Officer at Monday

Como construir confiança e uma atmosfera de bravura sempre foi uma preocupação para mim. Em todos os meus anos a trabalhar com design, e de minha perspectiva recente como CCO, acredito que as pessoas precisam de se sentir à vontade com seus colegas de trabalho.

Se colocarmos isso em perspetiva, passamos mais tempo com nossos colegas de trabalho e colegas do que com as nossas famílias.

Isso é uma realidade e é nossa responsabilidade construir uma cultura em que as pessoas possam ser elas mesmas.

Mesmo as pesquisas mostram que equipas diversificadas superam equipas não diversas por margens significativas e, em áreas onde é necessário criatividade e pensamento novo, esse tipo de cultura é ainda mais vital. Cada vez mais empresas devem adotar essa mentalidade, especialmente quando vivemos num novo mundo em que constantemente enfrentamos problemas complexos de negócios.

E isso, por consequência, exige que todos canalizem todo o seu potencial e habilidades para impactar verdadeiramente a nossa sociedade, o que exige liderar pelo exemplo.

“With high trust, success comes faster, better, and at a lower cost.” David Neeleman

Para te ajudar na tua jornada de construção de uma verdadeira cultura de confiança, vou partilhar um exercício sobre autorreflexão que fizemos aqui na Monday.

Apenas uma nota lateral, experimenta este exercício no início do dia da tua equipa. Poderás obter melhores resultados quando todos estiverem com energia total. 😄💪

Passo 1 — Lista todos os aspectos da tua identidade

A melhor maneira de começar o exercício é com a frase “Eu sou _______________”.

Depois disso, preenche o espaço em branco. Primeiro, distribui um pedaço de papel a todos os membros da tua equipa que pertencem ao exercício. Nesse papel, anota cada palavra que vier à tua mente quando a frase acima for apresentada – sim, espera que seja uma longa lista.

De seguida, enfatiza a importância de escrever tudo o que compõe a tua identidade.

Cada vez que faço este exercício, dou alguns dos meus próprios exemplos: sou designer, pai, entusiasta de motas retro, colecionador de vinis e muito mais.

Lembra-te de que as nossas identidades são compostas por vários aspetos de nós mesmos, não apenas das pequenas peças que normalmente trazemos para o trabalho.

Passo 2 — Partilha as identidades com tua equipa

Depois de fazerem as suas listas, todos partilham as suas identidades com o grupo. Para facilitar, convida cada um individualmente a apresentar os seus aspetos identitários. Tenta começar com alguém mais à vontade para conversar em grupo, isso ajuda a quebrar o gelo. Depois de cada pessoa apresentar a sua lista, conduz uma discussão sobre quais elementos das suas identidades as pessoas partilharam e o que omitiram (alguns podem ter sido propositadamente ou inconscientemente).

Lembra-te de que estamos constantemente a privar os nossos amigos e colegas de trabalho do que nos torna a nós em nós próprios.

Passo 3 — Revela a ti próprio as tuas identidades não reveladas

Nesta parte do exercício, pensa em quais identidades tendes a esconder, e quais delas já trouxeste para o teu contexto de trabalho.

Tenta entrar numa nova situação, como conhecer uma nova equipa ou quando te apresentas numa sala com estranhos. O que é que normalmente escondes? 

Como diz Keith Yamashita — autor deste exercício — “we have all this richness about us, and by not sharing these different aspects of our identities we deprive the world of our full talents and full self”.

Passo 4 — Partilha as identidades com a tua equipa

Repete o passo dois. Depois de escreveres as tuas identidades não reveladas, partilha-as com o teu grupo. Esta etapa parecerá desconfortável no início, mas lembra-te: o objetivo é criar confiança entre a tua equipa, criando assim um espaço onde seja seguro seres tu mesmo no trabalho.

Sugestões de exercícios

  • Determina um prazo para escrever na etapa 1 e na etapa 3. Normalmente, dou entre 10 a 15 minutos. Isso ajuda todos a concentrarem-se, ao mesmo tempo em que lhes dá tempo para realmente pensarem sobre quem realmente são.
  • Sê positivo e abraça todos os tópicos difíceis que possam surgir, especialmente na terceira etapa.
  • Você pode partilhar identidades em grupo ou separá-las em pares. Pessoalmente, gosto de partilhar para todos os participantes do grupo, pois ajuda a colocar-nos a todos na mesma página.

Já alguma vez experimentaste este exercício ou algo semelhante? Partilha connosco a tua experiência, adoraríamos saber o que pensas sobre uma cultura que nutre confiança e bravura.

Informação Extra

Se quiseres aprender mais sobre este exercício, aconselho a seguir o Keith Yamashita. Podes encontrar o artigo original do exercício aqui: https://bit.ly/3149z6d. Podes também encontrar um podcast sobre esta atividade de autorreflexão.

Mais sobre Keith Yamashita:

 

 

 

 

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